sexta-feira, 23 de outubro de 2015

Jogos Mundiais Indígenas

Mais tarde ocorrerá a abertura dos Jogos Mundiais Indígenas, sediado em Palmas - Tocantins, cidade onde moro. O evento ocorrerá fechado ao público, são cinco mil participantes, dos quais três mil são os atletas que participam das competições. O local é pequeno, irá justificar algum puxa-saco do prefeito Amastha, Governador Marcelo Miranda e/ou Presidente Dilma, mas a questão não é tão simplória. Os demais dois mil ingressos da festa que dará início aos jogos, foram distribuídos somente entre simpatizantes dos políticos envolvidos, na intenção de evitar vaias a um deles ou a todos. Serão 24 países que irão participar, incluindo o Brasil.

Razões não nos falta! Façamos uma análise rápida e superficial e teremos elementos suficientes para tal temor, da esfera menor, para a maior, Amastha é um prefeito que não se faz de rogado em criar tributos para quem vive no município de Palmas, quem não se recorda das cenas da polícia correndo atrás de vendedores de redes, porque não pagavam nenhuma taxa ou imposto ao venderem seus produtos? Aumentou ISS, IPTU, há casos de 1000% deste. Criou no centro um estacionamento rotativo numa cidade de 240 mil habitantes, o interessante que a empresa que ganhou o "direito" de explorar, há ligações com pessoas próximas a ele, sem dizer que nem capital ela tinha e o MPE já interviu diversas vezes, há muito, mas MUITO, a ser escrito sobre ele.

O governador Marcelo Miranda, aquele que se dizia o "amigo" do servidor público, bem, nem os direitos garantidos em lei (que ele criou em mandato anterior), que há vídeos ele se comprometendo com as classes caso fosse eleito, iria honrar os aumentos concedidos pelo governo anterior, ele honrou, embora a folha de comissionados aumente via Diário Oficial. A última jogada de "jênio", aumentou ainda mais a carga tributária dos empresários, com apoio da maioria dos safados dos deputados estaduais, dentre tantos outros absurdos de um governo fraco, ineficiente e desacreditado.

Há necessidade de escrever sobre o governo mais impopular da história do Brasil, da ex-presidente em exercício Dilma? Atolado em corrupção! Não corta na própria carne e o único sacrificado é o povo brasileiro, que pagava a maior taxa de tributos do mundo, aumentou, tentou criar, e o retorno? Novos escândalos de desvios desse dinheiro que pagamos, a cada semana, sem que os políticos paguem pelos seus crimes. O medo é tamanho que sua rejeição seja mais uma vez explícita, que o hotel local onde haverá reunião com alguns governadores que fazem parte do MATOPIBA, ergueu-se um muro, similar ao desfile sete de setembro em Brasília, para que a ex-presidente em exercício e demais políticos, não sejam hostilizados. 

Na minha opinião deveríamos ir para a porta da abertura dos Jogos Mundiais Indígenas, nem que seja para ficar na portaria, levar tambor, baldes, panelas, cornetas, apitos, o que fizer barulho e protestar contra todo esse desgoverno, vivenciado e sentido na nossa rotina. Razões não faltam! Bom é canalizar essa revolta e fazer muito barulho, afinal, sexta à tarde, milagrosamente com clima agradável.
Infelizmente, não há político, de fato, do lado do povo, convicto em fazer o correto. Se derem convite para um que poderia se posicionar, liderar o povo e fazer história, mas o ego irá falar mais alto, afinal "quantos gostariam de estar no meu lugar?", "farei parte da história e meus olhos estarão lá para conferir de perto".

Aí o representante do povo, passa a ser representante dos seus interesses, ego e satisfação pessoal, irá comparecer ao evento, fazer fotos para alimentar suas redes e mostrar para as pessoas o quão "importante é", "goza de grande prestígio", afinal, são poucos os "privilegiados" e danem-se seus eleitores, campanha somente ano que vem ou daqui três anos.
Aquele mesmo político que dias atrás bradava pelos erros do Governo Dilma nas redes sociais, estará lá, fazendo sua selfie, não me surpreende se com ela, para mostrar aos seus netos. É desesperançoso!

Aliás, outra situação vexatória, as pessoas fazem campanha contra o Governo Dilma, mas tem o nome envolvido numa série de situações ou vai preso em casos que envolve corrupção. Suspiro e xingo mentalmente os piores palavrões, não basta ser canalha, tem que desqualificar quem tenta ser honesto e lutar por um país melhor! Este é o canalha elevado a enésima potência, para não perder a linha.

Já que o tema é canalhice, uma novidade, em Palmas foi inaugurada uma nova modalidade, político casado, que usa amante casada, para comandar manifestações e tentar com isso, manipular o que é abordado durante os protestos! Não é atoa que os demais segmentos da sociedade que participavam, se afastaram. O político em questão tem o nome ligado a vários casos de desvios de recursos do erário. Embora tenha interesse que as manifestações sejam cheias, o único êxito, foi esvaziar os protestos ou seja, continua a prejudicar a sociedade tocantinense.

Voltando aos Jogos Mundiais Indígenas, quem mora aqui em Palmas, entra no "clima", esquece de todos os problemas ou fingem amnésia, se alienam diante de um espetáculo que tenta passar a ideia de legado, algo bom, mas que é apenas mais uma das formas recorrentes, exaustivamente comprovada ao longo da história, usadas para desvios de recursos, afinal teremos eleição ano que vem! Assim como na copa, há obras que não foram entregues, onde foi parar o dinheiro destinado?

São várias as reclamações, inclusive do que vem ocorrendo, alguns da imprensa local jogará, a toalha, total desordem na organização, não conseguem informações necessárias, é um evento público cheio de restrições, não chegam às informações, não há comida suficiente para os índios, para os que se inscreveram para ser voluntários:

Os índios? Convicção tem aqueles que desistiram, Apinajés e Krahôs, perceberam que é só mais uma forma de usar sua cultura, suas imagens, em prol de interesses políticos, seja nos desvios das verbas que tais espetáculos movimentam, seja a visibilidade que irão ter e a auto-promoção garantida. Nada irá mudar, os políticos não se importam de fato com os índios, apenas continuam a explora-los.

Pão e circo! Depois reclamam quando os representantes transformam o povo em um bando de palhaços, mas não percebem que eles mesmos se propõe ao papel e escolhem suas fantasias de de bobos da corte.