segunda-feira, 27 de outubro de 2014

Uni-vos!


Momento difícil! O país dividido e não se sabe exatamente o quantitativo já que em 2014 o TSE informou que há 141.824.607 eleitores e destes, 1,91 milhão dos votos válidos (1,9%) foram em branco, 5,2 milhões (4,63%) nulos e cerca de 30 milhões (21,9%) não compareceram as urnas para depositar seu voto para eleger o próximo presidente da república. TSE

Me pergunto quantos que compareceram as manifestações do meio do ano passado, estão nesse grupo omisso? Bradam por mudança, que no sistema que estamos inseridos, só se tem através do voto, mas no momento de fazer sua parte, não comparecem. 



Não culpo o povo nordestino pelo PT ter muitos votos, é desumano pedir para um Pai ou Mãe de família, não pensar nos filhos quando esses já passaram fome. Como exigir conhecimento político de alguém que vive nos sertões nordestinos sem acesso a educação, saúde ou perspectiva de trabalho? Me desculpem, aí os irracionais humanos, são os que não percebem essa realidade.

Lembrem-se, as bolsas iniciaram com Fernando Henrique Cardoso, a pedido de Dnª Ruth Cardoso, primeira dama ativa, politizada e acima de tudo, humana, como deveriam ser e que pouco tivemos. Antes, o poder político não tinha olhado para aquele povo sofrido.

Estão eles errados de votar em quem os ajudam? Será que eles tem conhecimento político para saber quem iniciou e não raras vezes alimentou os filhos com calangos? Sim, infelizmente é realidade para muitos que lá vivem, viveram e muito distante de quem está preocupado com quantas possibilidades de oferta de iogurte. A fome é triste!
Sabemos a oposição ferrenha que Lula fez contra as bolsas, mas e eles? São vítimas de grupos que se interessam apenas em manter-se no poder!



Agora vamos para o outro lado, vivemos numa sociedade cada vez mais egoísta, ensimesmados, voltados para nosso próprio umbigo, como explicar para a população que produz mais de 75% do PIB (Produto Interno Bruto - riquezas geradas dentro do país) que quem gera 24% do PIB, escolheu quem irá gerir os 100% e que por esses locais serem menos desenvolvidos, as partes maiores do bolo, irão para eles? Complicado né?


Em sua maioria, ainda somos um país muito preconceituoso, machista, que vigora a Lei de Gerson (sempre levar vantagem) e basta uma situação dessas, que exige um pouco de paciência, boa vontade e acima de tudo, humanismo, para que se monte uma guerra. Assisto o país cada vez mais se distanciar, são vários as casos de paulistas que humilham, de forma grosseira o nordestino, vide o último caso, Miss Brasil que é do Ceará. A maioria não se compadece do sofrimento do povo guerreiro do nordeste. Para minha surpresa, hoje assisto uma nordestina tomar banho no chuveiro e dizer algo do tipo para quem vive em SP: Vocês que tiravam o sarro por não termos água, agora temos água e chuveiro quente. Errado é SP que vota no PSDB e certo somos nós que votamos no PT.



Me impressiona que momento algum, ela, que provavelmente sabe o sofrimento da falta de água, se compadeceu dos paulistas, era algo como: Estamos bem e vocês lascados! 
Oi? Estamos cada vez menos humanos, é explícito, mas estamos cada vez mais estúpidos, se SP que é rico está passando por falta de água, imagina se há alguma falha no nordeste, que mal chove? O que poderá acontecer com eles? Não há partido político que dê jeito!



Quanto mais nós brasileiros nos dividirmos, mais o Governo, independente de partido, irá se fortalecer.  Ao invés de discursos odiosos e ofensivos, que tal tentar mostrar a todas as regiões do país, quais os reflexos da inflação? Que não ocorre somente em determinada região ou classe, mas no país todo e para todos? Não vejo motivos para nos dividirmos, mas nos unirmos e cobrar de nossos representantes.

Não cobro dos nordestinos, mas cobro desses mais de 37 milhões de eleitores que se omitiram de decidir o futuro do nosso país. Os nordestinos estavam apenas lutando para defender o pão de sua mesa, o que não estão errados, errados são aqueles que pregaram que se o Governo que aí está, não continuasse, eles iriam perder suas bolsas. Não há razões para me revoltar contra o programa bolsa família ou o nordestino, mas contra o governo e como ele apavora quem precisa dos seus auxílios.

O problema não é o nordeste, mas como a sua pobreza é usada em benefício do grupo político que está no Governo, um sistema nocivo que mudou o jargão: Rouba, mas faz. Agora é: Rouba, mas mata a fome e mantém pobres, para que estes reféns, os mantenham no poder.

A inflação irá corroer aquele que vive de bolsa família, a nova classe média irá voltar a ser mais pobre, irá faltar trabalho para todos. Se mesclar essas situações com uma revolta entre regiões, iremos alimentar um monstro que podemos nunca mais derrubá-lo. Pense nisso e decida se irá continuar com seu discurso de ódio ou se de fato quer tentar ajudar a recuperar o Brasil.

A luta não deve ser entre brasileiros ou regiões, mas contra esse grupo político que se serve do dinheiro do povo, se enchem de benéces e nos surrupiam, esse sistema falido que pede reforma política, penal e eleitoral. Aí sim, se houver união para cobrarmos dos nossos representantes, não aceitarmos acordos claros, a cada ação contra o povo nós fazermos presente e não apenas pressioná-los em época de eleição, sairmos da inércia, iremos caminhar em busca de um país melhor parar todos!
Só há uma forma de conseguirmos, união dos brasileiros de todo nosso país.
Se insistirem nos conflitos regionais, sociais, parabéns, farão justamente o que beneficia os grupos políticos e não a população.
A decisão é sua e para isso, basta se manifestar! Pense nisso.





domingo, 26 de outubro de 2014

Viva a democracia!

Estamos vivendo a tensão pré-resultado de uma das campanhas mais acirradas da história, após diretas já, não me recordo se havia essa expectativa na de 1989, já que a atual, ultrapassou a passos largos o "vale tudo", adotado por ambas.

A razão não se dá apenas pela disputa em si, mas pelas mudanças sociais e tecnológicas, o mundo não estava interligado através das redes sociais, local onde não há alguém que imponha o que deve ser seguido, respeitados (nem sempre), os devidos limites, todos podem se expressar livremente e dá-lhe informações.

Whatsapp, Telegran, são ferramentas ainda mais livres, já que há formação de grupos e não há platéia externa, como ocorre com facebook, instagram, twitter. O poder que a mídia controlava totalmente, foi diminuído através dessa nova plataforma que interliga todos, independente de onde esteja, basta fazer parte da rede e ter acesso a um ponto de internet.

O destaque farei em outro aspecto, primeiro alguns dos reflexos sociais das campanhas eleitorais, na ânsia da disputa, desenvolveram o sentimento de disputa entre classes, credos, orientação sexual, cor da pele, enfim, foram várias a variáveis adotadas, não sei ao certo quando iniciou, me vem a mente a mulher que reclamou do metrô e o acesso as pessoas "diferenciadas" que iriam invadir um bairro nobre de São Paulo. Posteriormente me recordo do Lula e sua revolta contra a "elite branca" que vaiava Dilma nos estádios e seguiu-se para as eleições de fato.

Li um texto enviado por uma professora sobre a divisão que ocorreu no nosso país e como será difícil para quem vença essas eleições. Fato que inegável. Não importa a escolaridade da pessoa, seu QI, mas há uma tendência a alimentar essa questão que um lado estão os pobres e do outro os ricos. Me questiono se Lula, seus filhos, a própria Dilma, sua filha, votaram na oposição? Já que somente os ricos votam na oposição.

Acompanhei o debate atentamente e fui comentando ao longo do tempo, assim como não deixei de seguir no Twitter alguns petistas que moram no meu coração e deles não abro mão, confesso que alguns eu silenciei, mas não os mais ferrenhos, esses que vão para cima, que lutam, acreditam, além de bons sentimentos, tem meu respeito e admiração. Quem luta e se mostra de maneira clara, dificilmente irei me distanciar, gosto de quem é de verdade, se mostra sem medo, não gosto dos sonso ou aqueles que dão tapa e escodem as mãos.

Ao ver Dilma responder no debate sobre as questões de corrupção, entendi, adotaram o discurso: Se o seu fez e ninguém foi preso ou reclamou, o que justifica que queiram que eu puna os meus? Fica claro que não entenderam que o ecoado era: Se conseguirem provar que houve crime do lado de cá, oposto ao PT, puna! Ninguém quer que passem as mãos na cabeça de quem errou! Mas não adianta argumentar, não querem entender.

O que alguns não aceitam é que há um desgaste muito grande por parte do Governo da Dilma, pelos recorrentes casos de corrupção, fraudes e a inflação se instalando em nosso orçamento, de forma contínua.

Hoje a abstenção obviamente será maior, porquê eu afirmo? Porque não houve eleições estaduais em todos os Estados, aliás, 13 e mais o DF. Não haverá o "fator econômico", como no primeiro turno, onde contratam militância, há maior envolvimento da população e é também seduzida pela "compra de votos" de maneira mais ostensiva, seja por parte dos candidatos a Deputado Estadual, Federal, Senador e Governador. Será um dos fatores que irá pesar no resultado final.

Dilma também não foi feliz nas suas colocações no debate, desastrosas as respostas aos indecisos. Há uma reclamação por parte dos mais esclarecidos, não trataram das questões econômicas, ontem assisti no Globo News, Cristiana Lobo indagou Aécio e salvo engano, Armínio Fraga, os motivos para pontos como a economia externa (que inflencia investidores e o mercado), economia interna, reforma tributária, não foram exploradas, já que o atual Governo não conseguiu administrar e caminhou o país para caminhos espinhosos: A maioria da população, não iria entender o que estava sendo tratado, entendem apenas a palavra: inflação.




É isso, a "massa", quem de fato decide as eleições, não tem conhecimento suficiente para entender sobre assuntos extremamente relevantes e que há reflexos internos, do que ocorre na economia externa. Aliás, outro aspecto social que fica explícito e ainda não houve percepção clara por parte da direita (já escrevi a respeito em outro texto), a direita tem uma abordagem muito técnica, culta, para o povão.

O candidato que usa o vernáculo mais formal, não atinge a massa, não há identificação, aproximação. Lembro que na minha formação, ouvi de uma professora de português e foi reforçado por outra quando iniciei esse blog: Se quer ser entendida, não escreva de forma que apenas você entenda, mas que pessoas que não a conhecem, consiga captar sua mensagem. 

Não difere da política, após Lula, o eleitorado mudou, foi mais uma transformação social que devemos a ele, aquele formalismo excessivo, que acho bonito e necessário em eventos formais, não deve ser levado para palanques, comícios e debates. Ao meu ver, deveriam se portar como FHC em eventos formais e Lula quando envolve o povo. Escrevo sem intenção alguma de desmerecer Lula ou o povo, quem me conhece sabe que ao vivo, se há intimidade, sou Lula.

Aécio foi bem no debate, ainda que tenha melhorado muito, do início da campanha, em alguns momentos eu percebia: Quem acompanha política, sabe do que ele fala, quem não acompanha, não entendeu. Outra, ele tem muitas informações, sabe muito, por vezes não aprofundou o suficiente e em alguns momentos, usou o linguajar de tribuna e não o informal. Trocando em miúdos, ele é superior a Dilma na oratória, inegável.

Espero que Aécio vença, votei, torci e militei para ele nos dois turnos, mesmo quando pediram para eu apoiar Marina, pedido de pessoa que dificilmente eu negaria atender, mas acreditei nele, mesmo sabendo que independente de quem entrar, será difícil, o próximo ano não será um ano fácil, não faço idéia quanto tempo para o país, a economia, saúde e educação, melhorar.

Acima de partidos e candidatos, torço para o Brasil, para que possamos, de fato, conseguir crescer e desenvolver nosso povo com saúde, educação, trabalho, moradia, esporte e muita cultura! Estes dois últimos fazem grande diferença e infelizmente não vejo grandes investimentos.

Que tenhamos todos um futuro melhor!



sábado, 4 de outubro de 2014

TRE-TO analisa ação que pede cassação de Marcelo Miranda e Cláudia Lélis

Marcelo Miranda já responde à ação de investigação judicial eleitoral (AIJE) que pede a cassação do registro de sua candidatura ou, caso seja eleito, que seja impedido de tomar posse e tenha cassado seu diploma de governador pela Justiça Eleitoral. A ação tramita no Tribunal Regional Eleitoral (TRE-TO).
A ação, protocolada pela coligação "A Mudança que a Gente Vê", do candidato a governador Sandoval Cardoso, pede também que o Ministério Público Federal (MPF) seja acionado, por meio da Procuradoria Regional Eleitoral, para que apure a prática do crime de Caixa 2 no episódio da prisão de quatro pessoas e apreensão de um avião com R$ 504 mil em Piracanjuba (GO).


Além de Miranda, a ação tem como réus a candidata a vice-governadora Claúdia Lelis, José Edmar Brito Miranda Júnior, irmão do candidato a governador, o candidato a deputado federal Carlos Gaguim (PMDB), que teve material de campanha apreendido dentro do avião por policiais civis do Estado de Goiás no dia 18 de setembro. Também figuram como réus, as quatro pessoas presas em Goiás, Douglas Marcelo Alencar Schmitt, Lucas Marinho Araújo, Marco Antonio Jayme Roriz, Roberto Carlos Maya Barbosa, e o proprietário do avião, o empresário Ronaldo Alves Japiassú.

A ação lembra a prisão dos acusados e seus depoimentos comprovando a ligação do grupo com o candidato Marcelo Miranda, incluindo o pagamento das despesas de hospedagem do líder da operação, Douglas Schmitt, pelo irmão do candidato José Edmar Brito Miranda Júnior, e o uso de carro e motorista do PMDB, partido de Miranda, para a operação de caixa 2.

Diante da gravidade dos fatos e dos benefícios eleitorais com o crime eleitoral de abuso de poder econômico e captação e gastos ilícitos de campanha (caixa 2) praticado para o candidato Marcelo Miranda, a coligação pede a cassação do diploma, com base na jurisprudência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), especialmente em decisões recentes, como no Respe 13068, de agosto de 2013. No processo, o TSE decidiu que se um candidato é beneficiário, mesmo que não tenha contribuído diretamente para a conduta abusiva, cabe "a cassação do registro ou do diploma".

A coligação lembra também que a Lei da Ficha Limpa alterou a Lei das Inelegibilidades (Lei Complementar 64/90) fixando que a configuração de ato abuso não leva em consideração “a potencialidade de o fato alterar o resultado da eleição, mas apenas a gravidade das circunstâncias que o caracterizam".

Na ação, a coligação "A Mudança que a Gente Vê" acusa o candidato de ter praticado abuso de poder econômico, uma vez que o valor de R$ 1,5 milhão que transitou nas contas de um dos envolvidos na prisão em Goiás é maior do que a própria prestação de contas do candidato na segunda parcial, entregue duas semanas antes do episódio.

"A consumação da conduta ilícita ocorreu com a utilização da conta de terceiro para a obtenção de recursos destinados à utilização em campanha eleitoral, e o posterior saque de vultuosa quantia para pagamento em espécie de despesas de campanha”, afirma trecho da ação que pede o envio da documentação referente ao caso pela Polícia Civil de Goiás, incluindo documentos da factoring "Mais 2", de Brasília, suspeita de ter emprestado o dinheiro apreendido e da parte movimentada em três contas bancárias de laranjas.

Por fim, além da perda do registro de candidatura ou impedimento de tomar posse e cassação de diploma, caso sejam eleitos, a coligação pede ainda a inelegibilidade dos envolvidos pelo prazo de oito anos como determina a Lei Complementar 64/90.