segunda-feira, 4 de agosto de 2014

Senatriz vai de encontro ao seu discurso...

 
Após algum tempo, volto, não por falta de assunto, meus sumiços decorrem da minha falta de disciplina, mas o assunto requer um texto maior e melhor explorado, lá vamos nós...

A revista Época dessa semana trouxe uma matéria sobre a Kátia Abreu, onde trata de 9 viagens que ela fez ao exterior, recorda a acusação do uso da CNA para bancar a campanha da Senatriz ao Senado, assim como o processo que tramita no TSE, sobre a emissão de boletos bancários aos produtores, no valor de R$100,00, pago por mais 600 mil produtores rurais, como forma de doação para as campanhas eleitorais, por tal razão a Procuradoria-Geral Eleitoral, se manifestou favorável a cassação do filho, deputado Federal Irajá de Abreu, que atualmente concorre a reeleição do cargo eletivo.

Nada de espantoso sobre uma Senadora viajar ao exterior, representando seu país, salvo por esta estar acompanhada do seu namorido Moisés Gomes Pinto, este que também ocupava o maior cargo em seu gabinete e foi exonerado em abril desse ano, coincidentemente, após eu a questioná-la no twitter. Mas o uso do dinheiro público, das diárias, do poder, para benésses pessoais, não se esgotam por aí, quando o assunto é o namorido, que também tornou-se presidente do Instituto da CNA, confederação presidida pela Senatriz,

Além dessa pincelada na matéria venho tratar outro aspecto suscitado nas redes, que a matéria teria conotação sexista, já que estar acompanhado em viagens por pares das relações amorosas, ainda que não oficiais, pode vir a ser comum e o diferencial, seria o gênero do político envolvido. Pois bem, me causa preocupação com o foco que não raras vezes, são dadas as discussões, se um ato ilícito ou imoral, é praticado por uma pessoa que pertence a uma classe considerada oprimida ou com menos representação, o foco dos atos, muda para a possível "perseguição" e não há discussões sobre o que de fato tem importância e poderia nos fazer pensar, questionar. A técnica de não gostar da mensagem e matar o mensageiro, não há evolução.

O questionamento não é a cor da pele, o gênero, a classe social, a opção sexual, a religião que professa, mas se há erro? Há conduta que afronte o cargo que ocupa? Afronta o discurso que prega? Há prejuízo para a população? Analisando as condutas, essa pessoa me representa? É esse tipo de político que desejo eleger?

Nesse caso, em específico, creio não caber tal argumentação, por algumas razões, quem teve contato mais próximo com a Senatriz, sabe um de seus bordões: "Sou mais macho que muito homem". Kátia Abreu é conhecida pelos seus discursos fortes, os quais exalta a honestidade, cobra coerência, ações em prol da população, questiona o uso do poder e cargo (em benefício próprio) dos adversários.

Admiro sua força, não nego, mas questiono sua falta de coerência.Quanto a situação de que alguns políticos viajam e levam assessores (as) mantém algum envolvimento amoroso, se houver prejuízo ao erário, deverá ser denunciado, publicado e punido. Não me importo como administrem suas vidas pessoais, desde que seus prazeres, não tenham custo a população. 

Algumas práticas, jamais serão aceitas, prova é que em época eleitoral, o homem solteiro, procura uma namorada que goze de boa reputação perante a sociedade e "vendam" aos eleitores a ideia de possível família perfeita e feliz, estilo propaganda de margarina. Os casados expõem o melhor que se pode alcançar na vida conjugal, independente de ser real.

Mas não é perdoado nem o homem e nem a mulher de seus deslizes, basta lembrarmos de um político local que, embora as pesquisas mostrassem estar na frente, bastou um equívoco "show de bola" e o mandato escorreu por entre seus dedos.

Se há amantes, gigolôs e afins, não me importa, apenas se fazem uso do dinheiro que custa mais de quatro meses do trabalho de todos nós.

O compromisso com o grupo que a Senatriz representa, os produtores rurais, além de ajudarem nas despesas das viagens, através dos impostos, ao que tudo indica, financiam campanhas eleitorais, a instituição dá trabalho e status ao namorido. Posteriormente Kátia Abreu se aliou ao Governo Federal, o mesmo que financia o MST para invadir e destruir suas propriedades.

Ainda espero que a Senatriz explique com o que gastou mais de R$ 45 mil reais, de dinheiro público, no dentista. Fica a indaga se uma pessoa que se intitula produtora rural de sucesso, precisa do dinheiro do povo, para fazer tratamento dentário? Nesse caso, não é ilegal, apenas questão moral e que vai de encontro com seu discurso que exalta ética, honestidade e moralidade, assim como os atos, antes descritos.

Recomendo 



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