quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

É domingo!

No próximo domingo rumos da política serão decididos, tanto na esfera federal, quanto na estadual. Os deputados irão tomar posse e elegerão os presidentes, da Câmara dos Deputados e Assembleias Legislativas, e o que assistimos? Uma disputa de poder, pelo simples poder. Não há preocupação com os rumos do Brasil ou dos Estados, mas uma clara disputa de qual grupo irá manter-se no poder.

Se ganha a oposição, sentem-se mais a vontade para "lutarem", para benéces próprias e partidárias, para não terem problemas de "conflitos de interesses" ou "peso na consciência", sabem como é, né? Se permanece alguém da base, e é aí que o Governo se empenha em eleger os seus, pode sair mais barato, já que não precisam negociar tantos cargos, negociatas de interesses do Governo (contratos de empresas, prestações de serviços), em suma, lobby.

Mas não se enganem, caso vença alguém da base do Governo, haverá negociatas, quem está no comando do poder, não se mantém, se não atender os pedidos daqueles que o sustentam, sustentam seus interesses, desde quem poderá vencer uma simples licitação, por vezes apadrinhados, a qual partido será destinada uma determinada pasta, secretaria ou ministério. Sim meu nobre, não há como nos livrarmos desse câncer da corrupção, por que quem não entra no "sistema", será repelido por ele.

Daí você talvez se pergunte sobre o caso do Deputado Federal Eduardo Cunha (PMDB), que é da base do Governo e o ataca. Pois bem, se o Temer, como escrito no texto anterior, após apresentar o nome da Ministriz Sinistriz Kátia Abreu, negou que a indicação partiu dele, o que leva acreditar que aquele deputado está sendo sincero? Você acha que o Temer não está de acordo com todo esse jogo de encenação do Dep Eduardo Cunha? Se ainda crê, melhor observar melhor o comportamento dos políticos e acima de tudo, o histórico.

Basta questionar: se Eduardo Cunha é da base do Governo, quais razões o levam a ir contra o grupo que escolheu? O que mudou? Apenas ele foi a pessoa que se dispôs a "momentaneamente" ir contra o Governo, para que o PMDB de Temer, possa ter maior poder de barganha, quando ele vencer, "poder, pelo poder".

O PMDB é o partido que porta-se como a prostituta da política brasileira. Basta olhar para seus representantes que sabemos que não é pela "formosura". Qual o segredo dessa "dama"? "Poder político real" e a habilidade dos seus lideres, já que detém o maior número de Governadores, são sete, dos vinte e sete; no Senado também detém o maior número de representantes, dezenove, dos oitenta e um; na Câmara Federal fica em segundo, são sessenta e seis, contra setenta do PT. Traduza todos esses números em networking e lobby, certamente, é a dona do cabaré!
Entre os nomes que se apresentam para disputar as eleições pelo comando da Casa estão, Arlindo Chinaglia (PT), Júlio Delgado (PSB) e Chico Alencar (PSOL). A candidatura de Cunha já conta com apoio do PMDB, de legendas nanicas e bancadas do PP, PR e PRB. Infelizmente e graças a acordos, já tem como certa, sua vitória. Dentre as opções, certamente, a mais nociva ao país.

Na política local há a queda de braço entre Palácio Araguaia, leia-se Marcelo Miranda e grupo de oposição. Como não seria diferente, está um verdadeiro balaio de gato. O grupo governista não chega a um consenso de trabalhar um único nome, pela manhã eram quatro possíveis candidatos, terminam o dia com três. Não faltam aqueles "anjos" que apimentam os egos e vaidades: "-Mas você está há mais tempo no grupo, que falta de consideração". "-Fonte segura me informou que o Governador defende seu nome, mas não pode declarar para não criar problemas, mas disse que era para chegar aos seus ouvidos, que não deveria desistir". E por aí vai...
 
Do outro lado a oposição se porta de maneira quase silente, não mostra o jogo, de fato, uma possível legenda "suprapartidária" que apoiaria Osires Damaso, atual presidente, será esse mesmo o jogo? Há quatro deputados que não anunciam seus votos com o novo discurso: "somos independentes". Enquanto os candidatos do Araguaia seguem fragmentados, mas somando quase a metade dos votos, Damaso que garantia ter um numero que garantiria vitória, é desmentido pelos outros. Paulo Mourão declara ter dois votos que Damaso conta como certos, Toinho teria um e Bonifácio mais um. Será? Por outro lado, os votos que Damaso conta como certos, irão se confirmar? Segue o suspense até domingo, advirto, esse jeito silente da oposição, não se enganem, os bastidores fervem e as negociações prosseguem.
Não se enganem, o exemplo vem de cima, tudo irá depender dos "acertos", dos pedidos atendidos.  Mercantilizaram a política. A questão é que quem paga, somos nós.






 




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