domingo, 1 de fevereiro de 2015

Assembléia Legislativa - Tocantins

Acompanhei pelo twitter e transmissão da votação para a mesa que irá presidir a casa em 2015. Venceu Damaso Osyres por 14 votos contra 10 de Eli Borges, candidato que representava o Governo de Marcelo Miranda.

Foi uma semana tensa e de muitas negociações, o grupo de Damaso se declarou independente do Palácio Araguaia, o que é salutar para melhor funcionamento e desenvolvimento, institucional e político. Como segue a teoria de "pesos e contra pesos"  estabelecida por Montesquieu, em sua obra "O espíritos das leis", que  é usada no Brasil, onde serão três poderes, executivo, legislativo e judiciário. Deverão ser autônomos, com funções determinadas, harmônicos entre si e um irá fiscalizar os atos do outro. Evita dessa forma, o absolutismo, ou seja, o poder concentrado nas mãos de uma única pessoa ou grupo.

A teoria é perfeita, como todas as teorias, mas na prática, não é bem como funciona, tanto que executivo tinha um candidato que representava seus interesses e só perdeu por não ter dado a atenção devida. Talvez por confiar que as negociações iriam correr da forma que imaginava. 
O atual governador veio de uma campanha que não foi fácil, para poder se eleger, teve que fazer muitas promessas, pelos comentários, não tem como atender os pedidos de todos. São muitos acordos para poucas secretarias e cargos disponíveis, há insatisfeitos, como haviam na gestão anterior.

As últimas 48h acirraram os ânimos e foram plantadas na mídia local, varias informações incorretas, criaram historias fantasiosas, tudo para deixar o Governo e seus aliados, ainda mais nervosos, perdidos e quem sabe, desistissem de um jogo. Que pelo que se percebe, não houve empenho desde o início. 
Ao meu ver, desnecessário, mataram um passarinho com calibre 12, mas a necessidade da vitória, explica o uso de todo potencial, talvez tenha faltado percepção, o executivo entrou no ringue com alma de perdedor, fez apenas a encenação mínima do hotel, nem o representante maior compareceu. Miranda sabendo que não poderia fazer muito, já que não houve preparo, no máximo um estilingue, tentou como pode.

Chegamos a um ponto que só há uma forma de conquistar votos dos políticos que não cede por livre e espontânea vontade, falar um idioma que os eles entendem. Marcelo não o fez, buscou entendimento oferecendo o que já tinha sido ofertado antes e que não está conseguindo cumprir.

Não há maestria, genialidade ou articulação engenhosa, há "saber e poder" usar o idioma que alguns atenderiam. Ressalva, há pessoas que pertencem a um grupo coeso, formado durante a campanha, Olyntho, Luana é mais alguns. O restante que faltava para dar o número que precisavam para vencer, aceitaram por entender que houve empenho em buscar "entendimento no linguajar".

Falta a formação das comissões, se o Governador Marcelo trouxer um bom dicionário que ele possa ter acesso a esse idioma, leva! Senão, irá assistir a vitória do grupo que se opõe ao Palácio. Se o Legislativo trabalhar em prol do povo e manter-se na oposição, a interesses obscuros do executivo, só quem tem a ganhar é a população! E se mantiverem o lado que por hora escolheram, embora há quem afirme que o compromisso finda com o final dos trabalhos de hoje.

Teve um voto que entrava na conta do Palácio que "migrou" para a oposição, somente os amigos e aliados traem. Será traição ao povo se os deputados insistirem em manter o auxílio moradia de mais de R$ 3.400,00, para cada um, um acinte a sociedade!
Se a população se adequa ao que recebe, quais motivos tem os deputados de não fazerem o mesmo, se são nossos representantes? Haja vista que o salário que pagamos a eles, ultrapassa R$ 20 mil reais e somente o valor do auxílio moradia, não equivale ao salário da maioria dos tocantinenses, muito menor.

Boa sorte a nova formação da Assembleia Legislativa do Tocantins e que os deputados honrem os votos que solicitaram para ser nossos representantes!

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