quarta-feira, 11 de março de 2015

Impeachment para quê?

O país passa por momento tenso, complicado, na área política. Aécio fez uma campanha a qual, inúmeras vezes, avisou que havia necessidade de grandes cortes nos gastos públicos e reestruturação dos setores públicos, quem não se lembra da Dilma indagando quais eram os cortes que ele faria? 

Se não se recorda de todas as questões que ocorreram na campanha, vai o link do debate na emissora da Band, vídeos e em texto: http://eleicoes.uol.com.br/2014/noticias/2014/10/16/integra-do-debate-uolsbtjovem-pan-com-os-candidatos-a-presidencia.htm

É perceptível que para muitos, não está claro o que leva alguém solicitar o pedido de impeachment da Presidente Dilma, se no seu lugar, entra Michel Temer - PMDB. Convido você a conhecer nossa Lei Maior, a Constituição Federal, onde está estabelecido no artigo 79 e subsequentes, o rito a ser seguido.

Se Dilma sofrer impeachment?

Art. 79. Substituirá o Presidente, no caso de impedimento, e suceder- lhe-á, no de vaga, o Vice-Presidente.

Caso Temer seja impedido de continuar ou assumir o mandato, digamos que ele saia em viagem e seu helicóptero desapareça como ocorreu com Ulisses Guimarães?

Art. 80. Em caso de impedimento do Presidente e do Vice-Presidente, ou vacância dos respectivos cargos, serão sucessivamente chamados ao exercício da Presidência o Presidente da Câmara dos Deputados (Eduardo Cunha), o do Senado Federal (Renan Calheiros) e o do Supremo Tribunal Federal (Lewandowski).

Por alguma razão, Temer não possa continuar o mandato, novas eleições? Depende, quanto tempo transcorreu da posse, a necessidade da substituição?

2 primeiros anos, após a posse
2 anos últimos anos

Art. 81. Vagando os cargos de Presidente e Vice-Presidente da República, far-se-á eleição noventa dias depois de aberta a última vaga (STF – leia-se, Lewandowski).


Art 81. § 1º - Ocorrendo a vacância nos últimos dois anos do período presidencial, a eleição para ambos os cargos será feita trinta dias depois da última vaga, pelo Congresso Nacional, na forma da lei.


Ouço suspiros desanimados após ler esses esclarecimentos, muitos me escrevem ou dizem: Então não temos saída? É sair do espeto, para cair na brasa?

Seria, se usássemos “dura lex, sed lex”, expressão que vem do latim e significa: “a lei é dura, porém é a lei”, ou seja, se o direito fosse apenas aplicação de leis e normas, de maneira automática, podendo inclusive, os robôs e programas, substituírem os juízes, mas não é e vem o tempero, o jogo político!

Concordo que os atores que dispomos na atual política, não são exemplo do que a maioria desejaria para representa-los, mas é o que temos, infelizmente, se não “entra no jogo”, não sobrevive ao sistema, sistema esse que está corrompido e tomado pela corrupção.

Qual seria a saída? Uma reforma política séria, mas a quem interessa? Ao povo certamente, mas o legislativo, que é composto pelos deputados, onde criam-se as Leis, tenho minhas dúvidas, exemplos não faltam.

Vejam que o país está para entrar em colapso e a Assembleia do Tocantins, seguindo a Câmara dos deputados federais, reajustou o salário dos deputados, antes o salário de cada um, ultrapassava um pouco R$ 20 mil, após o aumento, iremos pagar um pouco mais de R$ 25.300 mil e as verbas de gastos com cada gabinete, um pouco mais de R$ 72.700 mil. Logo, gastamos com cada deputado, em torno de R$ 98.045,28, mensal e 1.274.585 anual.


O presidente da Câmara Federal, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) anunciou na última semana do mês passado, quarta-feira (25), um pacote de bondades para os 513 deputados. A proposta prevê um aumento de 18% na verba de gabinete que paga os funcionários não concursados de deputados, reajuste de 8% na verba de custeio do mandato e de 10,5% no auxílio moradia. O impacto anual extra nas contas da Câmara será de R$ 146,4 milhões. Segundo Cunha, outros gastos serão cortados para cobrir o aumento, o que vai zerar as contas.

O que conseguíamos comprar com R$ 100 reais há alguns meses, não conseguimos comprar hoje, a gasolina subiu, energia idem. Aquelas correções que a Presidente Dilma fez, que não iria fazer, estão a todo vapor. Ainda bem que ela ganhou! Não entendeu? Basta conjecturar os petistas fanáticos, revoltados com os aumentos, não iria me admirar, se não tinham colocado fogo no país, reconheço, são bons de oposição! Já o PSDB... Creio que o bico do tucano é mole, não sobe, não os vejo batendo na mesa e hoje, Aécio anuncia que não irá comparecer nos movimentos que irão ocorrer no domingo.

Fica a frase para ele e o ninho tucano: Game Over!
Aécio, vá escrever um livro: Como jogar mais de 51 milhões de votos no lixo.
O momento é de se posicionar, mais do que bom discursos, precisamos de ação, até Marina Silva, se pronunciou.

Óbvio, nem todos os políticos podem sair em meio ao público, aqui no Tocantins, se alguns nomes comparecerem, periga levar tomates maduros ou ovos podres. Não dá mais para aguentar essa canalhada que durante a campanha diz que irá defender a população e quando assumem, pensam somente nos seus bolsos!

Exemplo local, a Polícia Civil do TO está em greve, com direitos assegurados em lei, não tiveram suas conquistas promocionais respeitadas. Destaco que para pagar auxílio moradia para integrantes do MPE-TO, Conselheiros do TCE e por último, deputados estaduais, esses acima descritos, que ganham mais de 25 mil, há verba!

Optam em “beneficiar poucos”, enquanto que a Segurança Pública, que é “para todos”, inclusive para os beneficiados com auxílio moradia, é questionada na justiça e tratada como algo sem importância.
É o interesse privado, que se sobrepõe ao coletivo, mais uma inversão de valores, que a maioria das pessoas, parecem estar “ligadas no automático”, não contestam! 
Detalhe, o dinheiro em questão, são repasses, dinheiro público, nosso dinheiro, aquele que somos obrigadas a entregar, através dos tributos que pagamos.

Em Brasília, as verbas dos gabinetes são vinculadas, o que significa? Que a verba destinada a paletó, só será repassada ao parlamentar, caso ele apresente uma nota fiscal que comprove o serviço prestado, no Tocantins não, a verba do auxílio moradia, por exemplo, está sendo usada, não por todos, para fazer doações para instituições de caridade. Na minha análise, explícito caso de uso do dinheiro público, para criação de currais eleitorais. Aquele velho ditado: “cortesia com chapéu alheio”

Fazem “bondades” com o meu, o seu, o nosso dinheiro! Não sou contra doação, mas se querem fazê-lo, sigam o exemplo do prefeito de Palmas, doem seus salários, não os meus tributos, já que o que me devolvem em serviço, está aquém do mínimo.

E numa tediosa noite de domingo, como quase a maioria delas, talvez porque tenhamos que acordar cedo na segunda, a Presidente Dilma, entra em rede nacional, nos pede paciência e compreensão, diante dessa bandalheira toda! http://g1.globo.com/politica/noticia/2015/03/dilma-pede-paciencia-e-diz-que-sociedade-precisa-dividir-esforco.html
Vou dividir esse texto em dois, senão fica muito cansativo e irei explanar a resposta do texto...

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